João

Guitarrista, violonista, cantor, compositor, arranjador e professor, João Cantiber é um músico carioca com sólida formação jazzística e na música brasileira. Suas raízes uniram o erudito ao popular, resultando em uma arte múltipla, entretanto, com destaque para a cultura musical do Brasil. Seus álbuns autorais são um claro exemplo disso.

No primeiro deles, “Origens”, João criou uma rica ponte que liga sua própria história com a do Brasil; no segundo, “Pequena Aldeia” (instrumental), a música do mundo inteiro se junta, comemorando a possibilidade de convivência entre as várias culturas; o terceiro e último, “Carioquices”, é uma crônica musical bem humorada sobre o cotidiano dos cariocas e “agregados”, com suas belezas, esteriótipos e mazelas.

Suas composições também podem ser encontradas nos dois discos que gravou com o extinto e aclamado Jazz Brazzil, banda que integrou juntamente com José Staneck (gaita), Cyd Alvarez (piano) e Adriano Giffone (baixo). Como instrumentista, gravou e acompanhou grandes artistas brasileiros, como, por exemplo, a cantora Adriana Calcanhotto. Apresentou-se em muitos festivais de música, tais quais o famoso Free Jazz Festival, o Festival de Bossa Nova da Argentina, o ViJazz & Blues Festival, o Festival de Música Cidade Canção (FEMUCIC) e o mundial Boss Loop Station Contest, uma mostra competitiva realizada pela empresa BOSS/ROLAND, em cuja edição de 2011 foi premiado com o primeiro lugar.

Cantiber possui uma ótima relação com as artes cênicas, pois, além de ter lecionado, por dez anos, musicalização para atores na CAL (Casa das Artes de Laranjeiras), fez a direção musical de diversas peças de teatro, como “Um Sopro no Ar”, dirigida por Eric Nielsen, e “Meninos no Meio da Rua”, dirigida por André Câmara. Em ambas as peças recebeu vários elogios da crítica especializada, com destaque para a coluna de Hildegard Angel, Bárbara Heliodora, Lionel Fischer e Macken Luiz.

Como compositor trabalhou ainda criando jingles e trilhas para rádio e televisão na agência Mr. Vox e, após formação no curso de Produção Fonográfica, manteve- se no ramo em referência, tendo estabelecido estúdio de gravação próprio, o “Ouvido em Pé”. Como professor, atuou nas extintas escolas “Casa Milton Pianos” e “Musiarte” e, desde 2018, leciona violão e guitarra na tradicional escola Villa Lobos no Rio de Janeiro.